sábado, 7 de março de 2020

2º Domingo da Quaresma


1ª Leitura - Gn 12,1-4a
Vocação de Abraão, pai do povo de Deus.
Leitura do Livro do Gênesis 12,1-4a
1Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: 'Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. 2Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. 3Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!'. 4E Abraão partiu, como o Senhor lhe havia dito.
Palavra do Senhor.
Deus faz um convite a Abrão, a viver a aventura da fé, deixar a comodidade e lançar-se ao desconhecido, na confiança de Deus. Como consequência: tornar-se bênção para todas as famílias da terra. Todas, não algumas. Abrão aceita.

Salmo - Sl 32,4-5.18-19.20 e 22 (R. Cf. 22)
R. Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
venha a vossa salvação!

4Pois reta é a palavra do Senhor,*
e tudo o que ele faz merece fé.
5Deus ama o direito e a justiça,*
transborda em toda a terra a sua graça. R.

18Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,*
e que confiam esperando em seu amor,
19para da morte libertar as suas vidas*
e alimentá-los quando é tempo de penúria. R.

20No Senhor nós esperamos confiantes,*
porque ele é nosso auxílio e proteção!
22Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,*
da mesma forma que em vós nós esperamos! R.


2ª Leitura - 2Tm 1,8b-10
Deus nos chama e ilumina.
Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 1,8b-10
Caríssimo: 8bSofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. 9Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça, que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. 10Esta graça foi revelada agora, pela manifestação de nosso Salvador, Jesus Cristo. Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do Evangelho,
Palavra do Senhor.
A vida que nos é dada em Jesus Cristo não é mérito mas graça, dom amoroso de Deus. Graça que se manifesta na salvação efetuada por Cristo. Salvação gratuita que faz brilhar a vida. O sofrimento suportado encontra nessa dinâmica sentido. O sofrimento que não está ligado à vida, mas é sinal de morte deve ser vencido, superado, transformado.

Evangelho - Mt 17,1-9
O seu rosto brilhou como o sol.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 1Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. 2E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. 3Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. 4Então Pedro tomou a palavra e disse: 'Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.' 5Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: 'Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!' 6Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra. 7Jesus se aproximou, tocou neles e disse: 'Levantai-vos, e não tenhais medo.' 8Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. 9Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: 'Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos.'
Palavra da Salvação.

Jesus leva seus discípulos à altura da montanha, à altura do lugar sagrado, à altura da presença de Deus. É na presença de Deus que eles fazem a experiência da plenitude (o brilho do sol e a brancura das vestes, no Apocalipse se dirá que os dignos alvejaram as vestes no sangue do Cordeiro), são recobertos pelo Espírito (a nuvem), enquanto reconhecem a plenitude da lei e dos profetas no Cristo, mesmo que, ao ouvirem a voz divina, caiam por terra com medo. Jesus os levanta, tocando-os, como fizeram com os doentes, retornando ao cotidiano. Mas, antes de anunciar o que viveram, devem compreender até o fim.

Deus nos provoca (chama) a deixar o próprio conforto para viver a aventura de novas relações, de nova forma de vida. Uma vida plenificada no Espírito pelos méritos do Filho. O caminho da Quaresma é o caminho propício para fazer a experiência desse convite divino.
O Tempo da Quaresma é o tempo de conversão, de vir para junto, de comungar da vida de Deus e dos outros. A escuta é o início da abertura do coração. O Pai convida, dentro da aventura de sair de nossa terra, de nossa convivência tranquila e cômoda, dentro da aventura de subir a montanha, a escutar o Filho Amado, que se faz reconhecer nos pequeninos, nos sedentos, nos famintos, nos presidiários, nos doentes, que clamam, gritam, por compaixão e cuidado. É na relação de cuidado que se pode fazer a experiência do envolvimento divino. Quem sobe essa montanha desce transformado e, meditando e compreendendo tal experiência, faz diferença no cotidiano da comunidade, da família, da sociedade e da criação.

Fontes:
https://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2020&mes=3&dia=8
https://www.vidapastoral.com.br/roteiros/2o-domingo-da-quaresma-8-de-marco/

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