sexta-feira, 7 de maio de 2021

6º Domingo da Páscoa

 9 de maio de 2021

Cor: Branco

 

 

1ª Leitura – At 10,25-26.34-35.44-48

O dom do Espírito Santo também foi derramado sobre os pagãos

 

Leitura dos Atos dos Apóstolos

 

25Quando Pedro estava para entrar em casa, Cornélio saiu-lhe ao encontro, caiu a seus pés e se prostrou. 26Mas Pedro levantou-o, dizendo: 'Levanta-te. Eu, também, sou apenas um homem'. 34Então, Pedro tomou a palavra e disse: 'De fato, estou compreendendo que Deus não faz distinção entre as pessoas. 35Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença. 44Pedro estava ainda falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a palavra. 45Os fiéis de origem judaica, que tinham vindo com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado também sobre os pagãos. 46Pois eles os ouviam falar e louvar a grandeza de Deus em línguas estranhas. Então Pedro falou: 47'Podemos, por acaso, negar a água do batismo a estas pessoas que receberam, como nós, o Espírito Santo?' 48E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Eles pediram, então, que Pedro ficasse alguns dias com eles.

Palavra do Senhor.

 

A leitura dos Atos dos Apóstolos nos mostra Pedro indo ao encontro daqueles que se tornam os primeiros membros não judeus da Comunidade cristã. Pedro apresenta-se como simples homens, mensageiro humilde da Palavra, criando condições de diálogo e abrindo-lhe o coração para acolher e reconhecer o dom e a presença de Deus que se apresenta fora dos padrões esperados. De fato, essa leitura também nos adverte para a tentação de se pensar que o dom é exclusivo e que fora da comunidade constituída não há possibilidade para Deus. Os que foram com Pedro se admiraram que os pagãos também receberam o dom do Espírito. A pergunta de Pedro ressalta essa realidade: “podemos, por acaso, negar a água do batismo a estas pessoas que receberam, como nós, o Espírito Santo?” A comunidade apostólica reconhece, desde o início, que há igualdade entre os membros da Igreja, independente de sua raça, cultura, condição social. É Deus quem conduz os caminhos da fé.

 

Salmo – Sl 97,1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b)

 

R. O Senhor fez conhecer a salvação e revelou sua justiça às nações.

 

1Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*

porque ele fez prodígios!

Sua mão e o seu braço forte e santo*

alcançaram-lhe a vitória. R.

 

2O Senhor fez conhecer a salvação,*

e às nações, sua justiça;

3arecordou o seu amor sempre fiel*

3bpela casa de Israel. R.

 

3cOs confins do universo contemplaram*

3da salvação do nosso Deus.

4Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,*

alegrai-vos e exultai! R.

 

O Salmo nos convida a louvar a Deus, reconhecendo suas grandes maravilhas. Ligado à primeira leitura, como resposta, faz-nos pensar que as maravilhas de Deus são a concessão do dom do Espírito Santo a todos os povos, sem distinção; seu amor incondicional que salva a todas as criaturas.

 

2ª Leitura – 1Jo 4,7-10

Deus é amor

 

Leitura da Primeira Carta de São João

 

Caríssimos: 7Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8Quem não ama, não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. 9Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados.

Palavra do Senhor.

 

Deus é amor. A identidade de Deus é ser amor. Ele ama todas as criaturas porque é sua essência, não é só uma opção, nem um simples desejo, é o próprio ser de Deus. É Ele o princípio do amor, como é Ele que inicia amando. Por isso, nosso amor encontra nele o fundamento e a imagem. Nós amamos à imagem de Deus, como Ele nos ama. Amar é relacionar-se profundamente com Deus, na prática do amor fraterno. Assim podemos compreender a vida de Jesus de Nazaré, um com o Pai, amando a todos: dialogando com mulheres, curando doentes, perdoando pecadores, acolhendo as criancinhas, comendo com publicanos, fariseus e leprosos... Demonstrando o amor de Deus, que não faz distinção entre as pessoas.

 

Evangelho – Jo 15,9-17

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João

 

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. 12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros.

Palavra da Salvação.

 

Jesus apresenta sua ligação amorosa com o Pai como fundamento para o amor mútuo entre seus discípulos. Não há lugar para justificativas fortuitas: o amor cristão é o amor do Filho encarnado, que deu sua vida pelos seus. Dar a vida é a atitude reveladora do amor, que acontece na prática do dia a dia. Só existe comunidade cristã com a prática do amor, amor como resposta ao amor de Deus, que é amor e ama por primeiro, e como partilha do amor. Amar é permanecer em Cristo, como o ramo permanece na videira e dá fruto. Permanecer em cristo é condição primordial para entender o amor divino.

A comunidade cristã se entende como continuadora da missão do Filho de Deus, e sem a missão, que é caridade, deixa de ser cristã. Permanecendo em Cristo e no seu amor, a Igreja ama incondicionalmente e incansavelmente, praticando a caridade na missão. Dom e compromisso assumido a partir de sua identidade, na permanência em Cristo Senhor. Amor e prática missionária são constituintes da identidade de quem segue o Cristo. Não é a prática de leis e de rubricas que constituem o povo de Deus. Leis e rubricas são apenas organização parcial da prática orante e da missão eclesiais. Sem amor elas perdem todo sentido e passam a ser peso insuportável e impraticável.

 

Nesse domingo, também celebramos o dia das mães. As geradoras de vida que, no amor, entregam-se a quem, desde seu ventre e por toda a vida, mantêm uma relação profunda e misteriosa. As mães são as reveladoras da possibilidade de amar como Deus ama: com amor desejoso de comunhão de vida, mas sem esperar resposta, amar porque se é assim, por que se é capaz de amar, não impondo condições, não se importando com situações... Incansáveis no cuidado, fortes na construção de condições de vida digna, batalhadoras por um mundo melhor e justo, testemunham na prática cotidiana o que é o amor de Deus por seus filhos e suas filhas.

 

 

Consulte:

https://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2021&mes=5&dia=9

https://www.vidapastoral.com.br/roteiros/6%e2%81%b0-domingo-da-pascoa-9-de-maio/

https://subsidiosexegeticos.wordpress.com/2021/05/03/vi-domingo-do-tempo-pascal/

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