É interessante que Francisco nunca faça menção aos seus estigmas, nem mesmo de forma indireta. Santa Clara, sua grande amiga que o tem como referência, igualmente nunca lhe menciona os estigmas. O próprio Papa Gregório IX, que o canonizou em 1228 sem citar os estigmas, só lhe faz menção nove anos depois. Igualmente a literatura dos primeiros companheiros nada diz a respeito. Isso não faz pensar? (CROCOLI, 2024, pp. 9-10).
Aqui vamos percorrer alguns textos das narrativas sobre
os estigmas, de modo mais particular, os que falam da impressão dos estigmas em
Francisco de Assis. Não nos deteremos em considerações sobre a época de cada
escrito, nem sobre a autenticidade deles. Focaremos no que os textos relatam,
buscando colher o que isso pode nos trazer sobre a vida do santo assisense na
interpretação dos hagiógrafos.
Também não queremos colocar esse fato como o principal
na vida do santo. Centro de sua vida é o Evangelho. Cabe notar que ele próprio
escondeu os estigmas o quanto pode.
Dentro da dinâmica do jubileu dos 800 anos do
acontecimento, é interessante lembrar que as pessoas correm atrás de coisas
maravilhosas e miraculosas, nem sempre se deixando impactar pelo ensinamento. Já
foi assim com Jesus, é assim com os santos, e também com o “profetas de nosso
tempo”.
Descrição detalhada
Carta encíclica de Frei Elias[1]
A Carta de Frei Elias está cercada de dúvidas quanto à
sua autenticidade e conteúdo. O texto que está na edição das FF carece de
fontes manuscritas. O certo é que Frei Elias escreveu uma carta, que é referida
por Jordano de Jano (FF pp. 63-64). Aqui não nos interessam os debates e
estudos sobre sua autenticidade; uma vez que o texto se encontra nas FF, compõe
o quadro de textos que narram a morte de São Francisco de Assis, fazendo
referência aos estigmas.
Tendo presente que Frei Elias escreveu uma carta de
consolo aos frades após a morte do Poverello,
este seria o primeiro escrito, cronologicamente falando, a narrar a estigmatização
do Santo de Assis, primeiro santo da Igreja estigmatizado.
A carta é intitulada “Carta Encíclica”. Seu tom é solene.
A partir de textos bíblicos, fala de São Francisco como o consolador, o que
carrega nos ombros os outros, a luz que ilumina em meio as trevas. Sua morte
deixou os frades, de modo particular Elias, na escuridão. Convida os irmãos a
não se entristecer demais com a morte do santo, pois o consolo vem do próprio
Deus. Assim introduz o anúncio dos estigmas.
Tendo dito estas coisas, anuncio-vos uma grande alegria (cf. Lc 2,10) e a novidade de um milagre. Nunca se ouviu dizer no mundo (cf. Jo 9,2) tal sinal, a não ser [realizado] no Filho de Deus (cf. Ap 7,2), que é o Cristo Senhor (cf. Lc 2,11). Não muito tempo antes da morte, nosso irmão e pai apareceu crucificado, trazendo em seu corpo as cinco chagas que são verdadeiramente os estigmas de Cristo (cf. Gl 6,17). Suas mãos e pés tinham como que perfurações dos cravos, transpassadas de ambas as partes, conservando as cicatrizes e deixando ver o negrume dos cravos. 19 Seu lado apareceu traspassado por uma lança e muitas vezes fazia jorrar sangue (El 15-19).
O relato, feito por Elias, é sucinto: não descreve
visões, lugar e modo da impressão dos estigmas em São Francisco; restringe-se
ao fato dos estigmas estarem no corpo do santo e de como eram. Coloca o
anúncio, porém, em júbilo natalino, pelo que podemos imaginar que a alegria de
participar da Paixão de Cristo, do que os estigmas são sinal, compara-se com a
alegria da realização da promessa divina do Salvador. Este júbilo tornou-se
euforia entre os frades e a maneira de apresentar o santo que se configurou com
Cristo.
As narrativas de Celano
1 Descrevendo o fato (1Cel 94-95)
Tomás de Celano, como biógrafo (hagiógrafo) oficial, não é isento de influências eclesiais e sociais, internas ou externas à Ordem. Precede o relato da impressão dos estigmas com uma longa narrativa sobre o desejo de São Francisco conformar-se à vontade divina. Nesta narrativa, pode-se perceber uma certa ligação com os inícios da conversão, quando Francisco, acompanhado de um amigo, dirigia-se a grutas para mergulhar no discernimento da vontade de Deus. Agora, num eremitério, também se faz acompanhar por confrades, que conhecem sua vida e aprofunda-se na oração, pedindo que Deus se digne revelar-lhe a sua vontade (1Cel 94). A dinâmica de abrir o Evangelho, a mesma de quando recebe os dois primeiros irmãos, o acompanha agora e, ao fazê-lo, lhe é dado o texto da Paixão.
Que momento é este, no qual o santo se coloca na mesma
atitude do início de sua caminhada. Não podemos esquecer as dificuldades
enfrentadas nos últimos anos, de modo particular com os próprios confrades,
sobre questões de organização e forma de vida, na elaboração final e na
aprovação da Regra. Se no início de sua caminhada foi o pai, um familiar, que
lhe perseguia, agora são os irmãos que lhe colocam dificuldades.
A partir disso, Celano coloca o Poverello, no eremitério do Alverne dois anos antes de sua morte, ou
seja, um ano após a aprovação da Regra[2].
Na meditação da Paixão, o santo tem a visão de uma figura humana crucificada em
forma de serafim. Visão embasada na visão de Isaías.
Interessante notar que, segundo Celano, o santo se
entretém contemplando a visão, alegrando-se mais por ser olhado com benignidade
pelo crucificado. Este simples detalhe mostra a proximidade que sente de Deus.
É o Senhor que olha para ele. Ao longo se sua trajetória, foi sempre o Senhor
que lhe sustentou, transformou, fortificou, consolou, lhe deu tudo.
Outro detalhe interessante é que Celano se refere à visão como novidade: a grande e única novidade que perpassa os séculos é a crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo, com toda a sua maravilha.
Imerso na meditação sobre a visão sente imprimirem-se os
estigmas me seu corpo. Tomás de Celano os descreve como fizera Elias,
enriquecendo, porém, de detalhes a narrativa. Retoma, mais adiante (1Cel 112),
a narrativa falando da candura do corpo e do sinais na carne como cravos (não
mais as cicatrizes, mas a carne toma forma dos próprios cravos), de modo a
ressaltar a contínua crucificação.
2 Interpretação do fato
Ao narrar a morte (e o velório) de são Francisco, Celano fala da mistura de tristeza e alegria nos frades. Sentimento que mescla a perda e a admiração pelo “milagre”, quando se revelam os estigmas aos olhos de todos.
Para Celano, trata-se de perceber a configuração do
santo ao seu Senhor, pois o trazia sempre consigo, no pensamento, nas
palavras, na oração, na contemplação, na ação (1Cel 115,3-5).
Também, Celano faz referência ao desejo de martírio
não contemplado durante a via (1Cel 57,12), mas que agora se realiza depois de
uma vida totalmente entregue ao seu Senhor crucificado (1Cel 113,2).
Ainda, trata-se de modelo para nós. Se seguirmos
os passos de São Francisco, também podemos receber tão grande dom (1Cel 114,8ss).
Interpretação essa não desprovida da dúplice relação: com Deus e com o próximo.
A narrativa de Juliano de Espira (Jul 59-63)
Juliano de Espira introduz a narrativa falando da divisão pessoal do tempo de São Francisco, tanto para as pessoas como para si. Nesta dinâmica, afasta-se temporariamente do convívio para colocar-se na tranquilidade, podendo assim estar a sós com Deus e retirar de si o que afeta a convivência com o Senhor. É interessante notar que também aqui aparece a dinâmica de levar consigo irmãos que ajudem a manter a tranquilidade e a solidão (gesto que teve no início de sua caminhada, segundo Celano, ideia reforçada pelo desejo de viver de novo as agruras e sofrimentos).
Nessa tranquilidade e na contemplação, surge-lhe o desejo de conhecer mais profundamente o que deveria fazer para o Senhor. Pleno desse desejo, aproxima-se da palavra, que coloca sobre o altar, e prostra-se em oração e clama para que lhe seja revelada a vontade divina. Gesto também reportado por Celano, que faz pensar sobre a unidade da palavra e da eucaristia para o santo. A palavra revela e une Àquele que se dá sobre o altar. Sempre que abria o livro, aparecia-lhe o texto da Paixão do Senhor ou semelhante.
Aceita tal revelação e prepara-se com mais ardor para suportar tudo por Cristo. Não muito tempo depois, dois anos antes de sua morte, no Eremitério do Alverne, recebe a visão do Serafim. Novamente se diz que lhe invadiam alegria e medo. Alegria com a visão, temor da horrenda crucifixão. Aparece também o detalhe de ser olhado pelo Serafim, com benevolência.
Francisco não consegue entender o significado da visão enquanto ela não se faz carne na sua carne, enquanto não percebe em si as marcas da visão. Juliano de Espira reforça a admiração pelo milagre ocorrido e nunca descrito antes na história.
Ao comentar o aspecto das chagas, também menciona o sangramento da cicatriz do peito. Sinais que foram escondidos pelo santo o mais possível aos olhos das pessoas, tendo revelado somente a pouquíssimas pessoas, de modo especial a do peito, sempre citando Frei Elias e Frei Rufino (que tocou a cicatriz durante uma massagem) como frades que as viram.
A narrativa de São Boaventura (LM 13; 15)
São Boaventura coloca o acento não na vontade de Francisco seguir o Cristo, mas na divina inspiração. De fato, se lincarmos com o Testamento, o próprio Francisco vê sua vida toda como uma condução do Senhor.
Outro detalhe interessante é a companhia de um irmão no
momento de oração e de leitura da Palavra. Os biógrafos anteriores o colocam como
que sozinho neste momento.
O texto da paixão lhe serve de revelação para a sua
configuração já nesta vida, porque vivera toda a vida sob a paixão do Cristo.
Aqui também aparece a alegria de ser olhado pelo Serafim alado. A tristeza e a alegria misturadas: tristeza pela crueza da crucificação e alegria pela visão. Mais uma vez São Boaventura destaca a revelação divina sobre a configuração com o Crucificado. A iniciativa é de Deus.
Com o coração perpassado pela contemplação da visão,
tem-no marcado com os estigmas que também lhe são impressos na carne externa.
A narrativa dos Três Companheiros (LTC 14; 69; 70)
A LTC, já faz referência aos estigmas no início do processo de transformação de vida de Francisco, inserindo a significação dos estigmas impressos no coração desde a fala em São Damião: “Assim, a partir daquela hora, seu coração ficou de tal modo ferido (cf. Ct 4,9) e enternecido que, ao lembrar-se da paixão do Senhor, sempre enquanto viveu, levava em seu coração os estigmas do Senhor Jesus (cf. Gl 6,17), como mais tarde ficou patente de maneira nítida pela renovação dos mesmos estigmas, admiravelmente impressos em seu corpo e muito claramente comprovados” (LTC 14,1).
A significação dos estigmas corpóreos é a clara
demonstração de que eles estavam impressos no coração do santo assisense desde
o início de sua conversão. São o externar do que havia no íntimo do Poverello. A LTC descreve isso ao falar
do afastamento dos amigos de outrora e da busca de novo rumo para a vida. Segue
dizendo de sua austeridade na penitência, mesmo quando enfermo.
Ao narrar o fato (LTC 69,1-6), começa dizendo que a
iniciativa é do Senhor em querer mostrar o amor nutrido por Francisco pela
paixão, pelo que lhe ornou o corpo com os sinais da crucifixão.
A LTC, ao narrar o fato, colocando-o dois anos antes de
sua morte no Monte Alverne, não fala da consulta (tríplice) ao Evangelho,
limita-se a dizer que estava em oração e que lhe apareceu o Serafim “que trazia
entre as asas a forma de um belíssimo homem crucificado que, na verdade, tinha
as mãos e os pés estendidos em forma de cruz e manifestava de maneira muito
clara a efígie do Senhor Jesus” (LTC 69,3). Com o desaparecimento da visão, os
estigmas ficaram marcados em seu corpo, o que tentou esconder durante sua vida,
mesmo que alguns companheiros tivessem conhecimento disso. Na sua morte foram
manifestados a todos, também pelos milagres que se sucederam (LTC 70).
Considerações sobre os estigmas (SCE)
São cinco considerações (meditações/relatos) feitas sobre os estigmas. Encontram-se como apêndice dos Fioretti.
A primeira
(SCE 1) fala de como o santo começou a pensar em procurar um lugar para fazer a
quaresma de São Miguel. Nessa “busca” entra em uma festa e prega aos presentes,
conhecendo assim a Orlando e Chiusi, que dará aos frades o Monte Alverne para
servir de eremitério.
O texto se desdobra em mostrar a cordialidade de
Francisco e do Conde Orlando.
A segunda
(SCE 2) fala de como frades foram enviados a conhecer o dito local, no qual já
constroem pequenas celas para a estadia, “tomando posse”[3]
do dito monte. Ao retornarem, comunicam a Francisco que, preparando-se para tal
recolhimento, escolhe frades para ir com ele.
Lá chegando, Francisco pede, após a visita de Orlando
com os seus, que os frades o ajudem a ficar no mais profundo silêncio. Constrói
uma cela afastada e pede que somente Frei Leão vá ao seu encontro uma ou duas
vezes por dia. Ali sofre as tentações e provações, também tem revelações.
Há um detalhe aqui: o monte possui muitas pedras
fendidas, as quais teriam sido rachadas no dia da Crucificação de Jesus, porque
ali iriam acontecer maravilhas ligadas ao Gólgota.
A terceria
(CSE 3) quer ser a narrativa propriamente da aparição dos estigmas (talvez
sendo o texto mais longo sobre o tema nas FF). Repleta de figuras, joga com o
número três: são três vezes que Francisco estende as mãos para a flama celeste;
três vezes oferece a Deus o que ele pede; três vezes se ajoelha, recebendo a significação
de estarem (as ofertas) ligadas aos três votos que viveu com pureza e
perfeição. Depois disso, revela a Frei Leão que acontecerão nos dias seguintes
coisas maravilhosas e manda trazer o Evangelho.
É Frei Leão, neste relato, que abre o Evangelho por três
vezes (em nome da Santíssima Trindade), depois de o santo ter se colocado em
oração. “e, como aprouve à divina disposição, naquelas três vezes sempre se
apresentou diante dele a paixão de Cristo: pela qual coisa lhe foi dado a
entender que, como ele tinha seguido a Cristo nos atos de sua vida, assim o
devia seguir e conformar-se com ele nas aflições e dores da paixão antes de
passar desta vida”.
Chegado o dia da Exaltação da Santa Cruz, Francisco é
admoestado, na véspera, por um anjo a preparar-se para o que Deus lhe pedirá.
No dia, o santo pede a Jesus a graça de sentir na alma e no corpo as dores da
paixão e o amor que levou o Filho de Deus a entregar-se voluntariamente a tal
paixão. Colocando-se em profunda oração e contemplação transformou-se em Jesus
pelo amor e pela compaixão.
Neste estado, tem a visão do Serafim alado e
crucificado, que lhe revela ter-lhe dado os estigmas para ser a imagem do
Cristo tanto em vida como na morte. Circunda esta visão com a visão do monte
iluminado como o sol, visto pelos moradores de arredor, pois isso teria
acontecido antes do nascer do sol.
Ao descrever os estigmas, o faz como Celano e
Boaventura. Acrescenta, porém, o fato que, tendo guardado de contar aos frades
o que sucedera, os mesmos começaram a intuir, pois, quando lavavam suas roupas,
percebiam o sangue e ligavam com o esconder das mãos e dos pés pelo Poverello. Quer esconder de todos, mas
consulta alguns frades sobre o que poderia significar esconder a revelação
divina, pelo que Frei Iluminado lhe diz que, às vezes, Deus revela coisas que
devem servir para outros, pelo que não podem ser escondidas. Francisco então
lhes conta a visão.
Diferente dos outros relatos, nesta parece que o santo
somente deixa Frei Leão ver e tocar, ajudando-o a manter os estigmas escondidos
(envoltos e faixas de linho). Não deixava trocar os curativos de quinta a
sábado, para poder sentir as dores do Crucificado, lembrando de sua paixão,
cucifixão e morte.
Terminada a Quaresma de São Miguel, retorna a Santa
Maria dos Anjos, recomendando o eremitério a Frei Ângelo.
A quarta
consideração sobre os estigmas (CSE 4) fala da decida do Monte Alverne e da
viagem para Santa Maria dos Anjos, querendo ressaltar os milagres realizados. É
interessante notar a ligação com Cristo entrando em Jerusalém: Francisco é
levado num burrinho (porque seus pés estigmatizados não podiam tocar o chão);
ao aproximar-se o burgo Santo Sepulcro a multidão vai à frente com ramos e
aclamação, bem como o apertando; estando em contemplação (como se estivesse
sepultado em Deus) não sente nada, nem percebe esta passagem.
Conte vários milagres que teriam sido realizados durante
a viagem e nas estadias que fez nos lugares até Santa Maria dos Anjos. Como
renunciou à direção da Ordem, passando-a a Pedro Cattani. Sobre a vinda de
Jacoba de Settesoli. Sua morte e canonização.
Ao mesmo tempo em que fala da insistência de Francisco
em esconder os estigmas, ressalta que muitos frades e pessoas os viram ou
intuíram sua existência, principalmente após a morte.
A quinta consideração (CSE 5) desdobra-se em narrar aparições e revelações após a morte de São Francisco, tanto para prova aos céticos como para confirmação da devoção dos crentes. Numa das aparições, revela ao confrade que, diferente da descrição dos outros biógrafos, é o próprio Cristo crucificado em forma de Serafim que lhe apareceu.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CROCOLI, Aldir. Os estigmas de Francisco, culminância de um processo de
identificação. Cadernos da Estef,
Porto Alegre, n. 72, vol. 1, 2024, pp. 9-26.
Fontes franciscanas e clarianas.
3. Ed. Petrópolis : Vozes, 2014.
[1]
Para este artigo sigo os textos e suas siglas conforme a edição das Fontes
Franciscanas e Clarianas da Editora Vozes (cf. Referências bibliográficas).
[2]
Frei Aldir Crocoli, OFMCap, no retiro provincial dos OFM RS, falou da grande
crise que São Francisco passa no processo de escrita e aprovação da Regra,
quando se lhe exige deixar de lado o trabalho coletivo feito ao longo de anos,
para escrever sozinho. Crise que não é relatada pelos biógrafos (talvez para
não diminuir a imagem do santo).
[3] É
interessante que o texto use o termo posse, e que diga que São Francisco se
alegrou com isso, uma vez que nos escritos do santo há sua insistência na não
propriedade e no não se apossar de lugares e funções.