sábado, 13 de junho de 2020

2ª-feira da 11ª Semana Do Tempo Comum

15 de junho de 2020

Cor: Verde

  

1ª Leitura - 1Rs 21,1-16

Nabot foi apedrejado e morto.

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naquele tempo: 1Nabot de Jezrael possuía uma vinha em Jezrael, ao lado do palácio de Acab, rei de Samaria. 2Acab falou a Nabot: ‘Cede-me a tua vinha, para que eu a transforme numa horta, pois está perto da minha casa. Em troca eu te darei uma vinha melhor, ou, se preferires, pagarei em dinheiro o seu valor’. 3Mas Nabot respondeu a Acab: ‘O Senhor me livre de te ceder a herança de meus pais’. 4Acab voltou para casa aborrecido e irritado por causa desta resposta que lhe deu Nabot de Jezrael: ‘Não te cederei a herança de meus pais’. Deitou-se na cama, com o rosto voltado para a parede, e não quis comer nada. 5Sua mulher Jezabel aproximou-se dele e disse-lhe: ‘Por que estás triste e não queres comer?’ 6Ele respondeu: ‘Porque eu conversei com Nabot de Jezrael e lhe fiz a proposta de me ceder a sua vinha pelo seu preço em dinheiro, ou, se preferisse, eu lhe daria em troca outra vinha. Mas ele respondeu que não me cede a vinha’. 7Então sua mulher Jezabel disse-lhe: ‘Bela figura de rei de Israel estás fazendo! Levanta-te, toma alimento e fica de bom humor, pois eu te darei a vinha de Nabot de Jezrael’. 8Ela escreveu então cartas em nome de Acab, selou-as com o selo real, e enviou-as aos anciãos e nobres da cidade de Nabot. 9Nas cartas estava escrito o seguinte: ‘Proclamai um jejum e fazei Nabot sentar-se entre os primeiros do povo, 10e subornai dois homens perversos contra ele, que deem este testemunho: ‘Tu amaldiçoaste a Deus e ao rei!’ Levai-o depois para fora e apedrejai-o até que morra’. 11Os homens da cidade, anciãos e nobres concidadãos de Nabot, fizeram conforme a ordem recebida de Jezabel, como estava escrito nas cartas que lhes tinha enviado. 12Proclamaram um jejum e fizeram Nabot sentar-se entre os primeiros do povo. 13Chegaram os dois homens perversos, sentaram-se diante dele e testemunharam contra Nabot diante de toda a assembleia, dizendo: ‘Nabot amaldiçoou a Deus e ao rei’. Em virtude disto, levaram-no para fora da cidade e mataram-no a pedradas. 14Depois mandaram a notícia a Jezabel: ‘Nabot foi apedrejado e morto’. 15Ao saber que Nabot tinha sido apedrejado e estava morto, Jezabel disse a Acab: ‘Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael não te quis ceder por seu preço em dinheiro; pois Nabot já não vive; está morto’. 16Quando Acab soube que Nabot estava morto, levantou-se para descer até a vinha de Nabot de Jezrael e dela tomar posse.

Palavra do Senhor.

 

O rei, que traz em seu nome a paternidade (Acab = tio paterno), quer a vinha de Nabot para transformá-la em horta. Nabot (que faz referência a futuro, por significar frutos) mostra que se trata da herança paterna. Há algo mais profundo nessa terra, na qual Deus semeou algo por tempos ilimitados, desfazer-se disso é desfazer-se de Deus, é infidelidade. Infidelidade expressa no nome da rainha (Jezabel = esposa de Baal).

A infidelidade associada ao poder causa a morte daquele que quis ser fiel. As consequências virão, pois Deus escuta o clamor do sangue derramado.

 

 

Salmo - Sl 5, 2-3. 5-6. 7 (R. 2b)

 

R. Atendei o meu gemido, ó Senhor!

 

2Escutai, ó Senhor Deus, minhas palavras, *
atendei o meu gemido!
3Ficai atento ao clamor da minha prece, *
ó meu Rei e meu Senhor! R.

 

5Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, *
não pode o mau morar convosco;
6nem os ímpios poderão permanecer *
perante os vossos olhos. R.

 

7Detestais o que pratica a iniquidade *
e destruís o mentiroso.
Ó Senhor, abominais o sanguinário, *
o perverso e enganador. R.

 

O salmo, suscitando a resposta à palavra ouvida, é a prece de quem confia em Deus. Confiança na ação e na força de Deus diante do mal. Confiança que compromete à fidelidade ao amor e à bondade divinas. Comprometa a fazer o bem.

 

 

Evangelho - Mt 5,38-42

Eu vos digo: não enfrenteis quem é malvado!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 38Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado.

Palavra da Salvação.

 

Jesus parte do ensinamento antigo para trazer um novo. Postula uma nova postura diante da maldade. Se a Lei do Talião nasceu para conter os excessos da vingança, buscando equacionar a justiça, Jesus indica que é necessário superar a vingança pelo processo de justiça. A justiça, além da retribuição, exige mudança de procedimento, mudança de mentalidade: isso só acontece pelo questionamento profundo – é o que faz o dar a outra face, o caminhar além do imposto, o ficar nu.

Francisco de Assis soube manter a fidelidade a Deus, movendo-se pela misericórdia, entendendo o que se passava, não impondo sofrimento: comeu com o irmão afamado durante o jejum quaresmal, cantou o perdão para o prefeito e o bispo de Assis, envergonhou-se ao encontrar alguém mais pobre do que ele, que escolhera a pobreza por amor de Deus...

A liturgia da palavra desse dia, nos recorda que a fidelidade exige coerência, constância, força. É fácil se entregar ao poder que seduz, com o fizeram os ouvintes das cartas de Jezabel; mas isso leva à morte. É fácil ficar emburrado porque a vontade egocêntrica e mesquinha não foi atendida; mas isso leva à morte. Difícil, sim, mas belo, é a colocar a vontade de Deus como própria, transformar os sentimentos para a comunhão e não para a posse, para a acolhida do futuro que a herança dos pais e das mães da comunidade nos deixaram, acolhendo o que Deus semeou: isso leva à vida, porque leva ao reconhecimento do outro, à relação com o outro.

Nova atitude que faz quebrar o ciclo de violência, indicando o caminho da paz.

 

 

10 PASSOS PARA UMA CULTURA DE PAZ E DE NÃO-VIOLÊNCIA

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=RR_wQ3SzN-o

1. Descobrir o valor, sanador e transformados, do perdão e reconciliação.

2. Saber colocar-se no lugar do outro, para compreender.

3. Descobrir e valorizar o que há de positivo em cada um.

4. Acolher o outro com misericórdia, promovendo um diálogo sincero.

5. Construir a família e fortalecer a comunidade, formando ambientes de fraternidade.

6. Fazer parcerias, juntar forças, fortalecer laços.

7. Cuidar das causas dos problemas e não apenas de suas consequências.

8. Conhecer e usar os recursos legais, em prol da justiça e da paz.

9. Não ficar em silencia diante das injustiças, mas tentar solucioná-las, sem recurso à violência.

10. Cultivar, no cotidiano, a espiritualidade da esperança, do perdão, da reconciliação e da paz.

 


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