sexta-feira, 19 de junho de 2020

12º Domingo do Tempo Comum

21 de junho de 2020

Cor: Verde

 

1ª Leitura – Jr 20,10-13

Ele salvou das mãos dos malvados a vida do pobre.

 

Leitura do Livro do Profeta Jeremias

 

Jeremias disse: 10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: 'Denunciai-o, denunciemo-lo.' Todos os amigos observavam minhas falhas: 'Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele.' 11Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai o Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.

Palavra do Senhor.

 

O profeta coloca sua confiança nas mãos do Senhor, de quem recebe refúgio e consolo. Dos homens ele somente recebe maldade, desde mentiras e injúrias até tramas e perseguição.

 

 

Salmo - Sl 68,8-10.14.17.33-35 (R.14c)

 

R. Atendei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!

 

8Por vossa causa é que sofri tantos insultos,*

e o meu rosto se cobriu de confusão;

9eu me tornei como um estranho a meus irmãos,*

como estrangeiro para os filhos de minha mãe.

10Pois meu zelo e meu amor por vossa casa*

me devoram como fogo abrasador. R.

 

14Por isso elevo para vós minha oração,*

neste tempo favorável, Senhor Deus!

Respondei-me pelo vosso imenso amor,*

pela vossa salvação que nunca falha!

17Senhor, ouvi-me pois suave é vossa graça,*

ponde os olhos sobre mim com grande amor! R.

 

33Humildes, vede isto e alegrai-vos:

o vosso coração reviverá,*

se procurardes o Senhor continuamente!

34Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres,*

e não despreza o clamor de seus cativos.

35Que céus e terra glorifiquem o Senhor*

com o mar e todo ser que neles vive! R.

 

O salmista canta o amor de Deus pelos pequenos, colocando-se entre esses, reconhecendo as maravilhas realizadas pelo Senhor em favor dos necessitados.

 

 

2ª Leitura – Rm 5,12-15

O dom ultrapassou o delito.

 

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos

 

Irmãos: 12O pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram. 13Na realidade, antes de ser dada a Lei, já havia pecado no mundo. Mas o pecado não pode ser imputado, quando não há lei. 14No entanto, a morte reinou, desde Adão até Moisés, mesmo sobre os que não pecaram como Adão, – o qual – era a figura provisória daquele que devia vir. 15Mas isso não quer dizer que o dom da graça de Deus seja comparável à falta de Adão! A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem mais superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos.

Palavra do Senhor.

 

São Paulo reflete sobre a grandeza do dom divino que justifica, torna justo, os que são remidos pelo Senhor. Há uma solidariedade humana no erro e no pecado, mas também há uma solidariedade humana no bem. O ato de Jesus Cristo é maior do que o ato de Adão, pois envolve a solidariedade humana e a bondade divina.

 

 

Evangelho – Mt 10,26-33

Não tenhais medo daqueles que matam o corpo.

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

 

Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: 26Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. 27O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! 28Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno! 29Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. 30Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. 31Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais. 32Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. 33Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus.

Palavra da Salvação.

 

Jesus incentiva a propagar a verdade, que não necessita ser escondida. O que é feito às ocultas acaba aparecendo. O medo, que faz calar, está ligado ao sofrimento, que remeta à perda da vida. Jesus mostra o valor infinito de cada um para Deus, e que a verdade é a demonstração da confiança nessa valorização divina.

As fake News, que buscam acabar com a vida do profeta de ontem e de hoje, acabam por ser reveladas aos olhos atônitos de quem confiava nos discursos humanos, sem se preocupar em verificar a veracidade de tais discursos. A Palavra de Deus, demonstradora dos dons maravilhosos concedidos aos fracos, é a única capaz de trazer a luz, a verdade, a vida. Ela revela os corações, as intenções, as motivações, indicando o que é certo, justo e leal.

Estamos fazendo experiência disso todos os dias, quando discursos e promessas são demonstrados por atos dos mais diversos níveis de governança, por mais diversos grupos que se dizem “pacíficos”, mas carregam ódio e armas; por grupos que se dizem fiéis, mas não seguem o Evangelho.

Olhemos para nós, nossos discursos e nossas práticas, nosso tom de voz, nossos critérios de escolhas e de ações; façamos a comparação com Jesus Cristo, suas palavras e ações, suas opções e propostas...


sábado, 13 de junho de 2020

2ª-feira da 11ª Semana Do Tempo Comum

15 de junho de 2020

Cor: Verde

  

1ª Leitura - 1Rs 21,1-16

Nabot foi apedrejado e morto.

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naquele tempo: 1Nabot de Jezrael possuía uma vinha em Jezrael, ao lado do palácio de Acab, rei de Samaria. 2Acab falou a Nabot: ‘Cede-me a tua vinha, para que eu a transforme numa horta, pois está perto da minha casa. Em troca eu te darei uma vinha melhor, ou, se preferires, pagarei em dinheiro o seu valor’. 3Mas Nabot respondeu a Acab: ‘O Senhor me livre de te ceder a herança de meus pais’. 4Acab voltou para casa aborrecido e irritado por causa desta resposta que lhe deu Nabot de Jezrael: ‘Não te cederei a herança de meus pais’. Deitou-se na cama, com o rosto voltado para a parede, e não quis comer nada. 5Sua mulher Jezabel aproximou-se dele e disse-lhe: ‘Por que estás triste e não queres comer?’ 6Ele respondeu: ‘Porque eu conversei com Nabot de Jezrael e lhe fiz a proposta de me ceder a sua vinha pelo seu preço em dinheiro, ou, se preferisse, eu lhe daria em troca outra vinha. Mas ele respondeu que não me cede a vinha’. 7Então sua mulher Jezabel disse-lhe: ‘Bela figura de rei de Israel estás fazendo! Levanta-te, toma alimento e fica de bom humor, pois eu te darei a vinha de Nabot de Jezrael’. 8Ela escreveu então cartas em nome de Acab, selou-as com o selo real, e enviou-as aos anciãos e nobres da cidade de Nabot. 9Nas cartas estava escrito o seguinte: ‘Proclamai um jejum e fazei Nabot sentar-se entre os primeiros do povo, 10e subornai dois homens perversos contra ele, que deem este testemunho: ‘Tu amaldiçoaste a Deus e ao rei!’ Levai-o depois para fora e apedrejai-o até que morra’. 11Os homens da cidade, anciãos e nobres concidadãos de Nabot, fizeram conforme a ordem recebida de Jezabel, como estava escrito nas cartas que lhes tinha enviado. 12Proclamaram um jejum e fizeram Nabot sentar-se entre os primeiros do povo. 13Chegaram os dois homens perversos, sentaram-se diante dele e testemunharam contra Nabot diante de toda a assembleia, dizendo: ‘Nabot amaldiçoou a Deus e ao rei’. Em virtude disto, levaram-no para fora da cidade e mataram-no a pedradas. 14Depois mandaram a notícia a Jezabel: ‘Nabot foi apedrejado e morto’. 15Ao saber que Nabot tinha sido apedrejado e estava morto, Jezabel disse a Acab: ‘Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael não te quis ceder por seu preço em dinheiro; pois Nabot já não vive; está morto’. 16Quando Acab soube que Nabot estava morto, levantou-se para descer até a vinha de Nabot de Jezrael e dela tomar posse.

Palavra do Senhor.

 

O rei, que traz em seu nome a paternidade (Acab = tio paterno), quer a vinha de Nabot para transformá-la em horta. Nabot (que faz referência a futuro, por significar frutos) mostra que se trata da herança paterna. Há algo mais profundo nessa terra, na qual Deus semeou algo por tempos ilimitados, desfazer-se disso é desfazer-se de Deus, é infidelidade. Infidelidade expressa no nome da rainha (Jezabel = esposa de Baal).

A infidelidade associada ao poder causa a morte daquele que quis ser fiel. As consequências virão, pois Deus escuta o clamor do sangue derramado.

 

 

Salmo - Sl 5, 2-3. 5-6. 7 (R. 2b)

 

R. Atendei o meu gemido, ó Senhor!

 

2Escutai, ó Senhor Deus, minhas palavras, *
atendei o meu gemido!
3Ficai atento ao clamor da minha prece, *
ó meu Rei e meu Senhor! R.

 

5Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, *
não pode o mau morar convosco;
6nem os ímpios poderão permanecer *
perante os vossos olhos. R.

 

7Detestais o que pratica a iniquidade *
e destruís o mentiroso.
Ó Senhor, abominais o sanguinário, *
o perverso e enganador. R.

 

O salmo, suscitando a resposta à palavra ouvida, é a prece de quem confia em Deus. Confiança na ação e na força de Deus diante do mal. Confiança que compromete à fidelidade ao amor e à bondade divinas. Comprometa a fazer o bem.

 

 

Evangelho - Mt 5,38-42

Eu vos digo: não enfrenteis quem é malvado!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 38Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado.

Palavra da Salvação.

 

Jesus parte do ensinamento antigo para trazer um novo. Postula uma nova postura diante da maldade. Se a Lei do Talião nasceu para conter os excessos da vingança, buscando equacionar a justiça, Jesus indica que é necessário superar a vingança pelo processo de justiça. A justiça, além da retribuição, exige mudança de procedimento, mudança de mentalidade: isso só acontece pelo questionamento profundo – é o que faz o dar a outra face, o caminhar além do imposto, o ficar nu.

Francisco de Assis soube manter a fidelidade a Deus, movendo-se pela misericórdia, entendendo o que se passava, não impondo sofrimento: comeu com o irmão afamado durante o jejum quaresmal, cantou o perdão para o prefeito e o bispo de Assis, envergonhou-se ao encontrar alguém mais pobre do que ele, que escolhera a pobreza por amor de Deus...

A liturgia da palavra desse dia, nos recorda que a fidelidade exige coerência, constância, força. É fácil se entregar ao poder que seduz, com o fizeram os ouvintes das cartas de Jezabel; mas isso leva à morte. É fácil ficar emburrado porque a vontade egocêntrica e mesquinha não foi atendida; mas isso leva à morte. Difícil, sim, mas belo, é a colocar a vontade de Deus como própria, transformar os sentimentos para a comunhão e não para a posse, para a acolhida do futuro que a herança dos pais e das mães da comunidade nos deixaram, acolhendo o que Deus semeou: isso leva à vida, porque leva ao reconhecimento do outro, à relação com o outro.

Nova atitude que faz quebrar o ciclo de violência, indicando o caminho da paz.

 

 

10 PASSOS PARA UMA CULTURA DE PAZ E DE NÃO-VIOLÊNCIA

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=RR_wQ3SzN-o

1. Descobrir o valor, sanador e transformados, do perdão e reconciliação.

2. Saber colocar-se no lugar do outro, para compreender.

3. Descobrir e valorizar o que há de positivo em cada um.

4. Acolher o outro com misericórdia, promovendo um diálogo sincero.

5. Construir a família e fortalecer a comunidade, formando ambientes de fraternidade.

6. Fazer parcerias, juntar forças, fortalecer laços.

7. Cuidar das causas dos problemas e não apenas de suas consequências.

8. Conhecer e usar os recursos legais, em prol da justiça e da paz.

9. Não ficar em silencia diante das injustiças, mas tentar solucioná-las, sem recurso à violência.

10. Cultivar, no cotidiano, a espiritualidade da esperança, do perdão, da reconciliação e da paz.

 


sábado, 6 de junho de 2020

Tempo Comum - Solenidade da Santíssima Trindade


7 de Junho de 2020
Cor: Branco


1ª Leitura - Ex 34,4b-6.8-9
Senhor, Senhor, Deus misericordioso e clemente.
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: 4bMoisés levantou-se, quando ainda fazia noite, e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe havia mandado, levando consigo as duas tábuas de pedra. 5O Senhor desceu na nuvem e permaneceu com Moisés, e este invocou o nome do Senhor. 6Enquanto o Senhor passava diante dele Moisés gritou: 'Senhor, Senhor! Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel'. [ 7Ele conserva seu amor por milhares de gerações, tolerando a falta, a transgressão e o pecado, mas não deixa ninguém impune: castiga a falta dos pais nos filhos, netos e bisnetos».] 8Imediatamente, Moisés curvou-se até o chão 9e, prostrado por terra, disse: 'Senhor, se é verdade que gozo de teu favor, peço-te, caminha conosco; embora este seja um povo de cabeça dura, perdoa nossas culpas e nossos pecados e acolhe-nos como propriedade tua'.
Palavra do Senhor.

Aparecem neste texto alguns elementos que podemos tomar como símbolos: “quando fazia noite” – quando havia escuridão, quando se andava nas trevas, quando se estava sem ver clareza o horizonte; “subiu ao monte Sinai” – buscou um lugar de visão, de onde se pode contemplar horizontes; “como o Senhor havia mandado” – sabe o que quer achar, mesmo que não veja o caminho, conhece o que quer, como se evidencia na oração feita diante do Senhor; “levou as tábuas de pedra” – fundamento sólido (a casa construída sobre a rocha permanece – Mt 7,24-25); “curvou-se até o chão” – reconheceu sua condição de criatura feita da terra, do barro (Gn 2,7), também a condição limitada do povo, ao mesmo tempo em que confia no amor misericordioso de Deus.
Deus permanece com Moisés, escuta sua súplica.

Salmo - Dn 3, 52.53.54-55.56 (R.52b)

R. A vós louvor, honra e glória eternamente!

52Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.*
Sede bendito, nome santo e glorioso. R.

53No templo santo onde refulge a vossa glória. R.

54E em vosso trono de poder vitorioso. R.

55Sede bendito, que sondais as profundezas*
e superior aos querubins vos assentais. R.

56Sede bendito no celeste firmamento. R.

O salmo é como que a continuação da oração de Moisés. A liturgia nos faz cantar a honra e a glória de Deus, louvando-o por sua presença em toda a sua criação, louvando-o por sua presença amorosa, que nos envolve com suas maravilhas.

2ª Leitura - 2Cor 13,11-13
A graça de Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo.
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
11Irmãos: Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, cultivai a concórdia, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco. 12Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo. Todos os santos vos saúdam. 13A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós.
Palavra do Senhor.

Neste trecho da segunda carta aos Coríntio, somos convidados à alegria, pela participação no amor e na paz de Deus, na participação da vida da Trindade. Deus Trino é graça, amor, comunhão.

Evangelho - Jo 3,16-18
Deus enviou seu Filho ao mundo, para que o mundo seja salvo por ele.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
Palavra da Salvação.

Deus ama e dá vida, concede a salvação a todas as criaturas. Enviou o seu Filho unigênito para todos, deixando a liberdade de acolher ou não o Filho, o amor, a salvação. Esta fala de Jesus, no Evangelho segundo João, faz parte do diálogo com Nicodemos, que foi procurar Jesus quando ainda era escuro, quando ainda estava nas trevas, mas buscava luz, buscava a verdade. Jesus deixa claro que a verdade é Deus, e a encontra quem reconhece o Filho enviado por Ele.
No Mistério da Santíssima Trindade, encontramos o amor, a comunhão, a graça para a vida sempre nova de quem entra na dinâmica da relação amorosa com Deus e com suas criaturas. Consegue compreender esse mistério quem participa dele.
Ao mesmo tempo, esse Mistério é sacramentum, é sinal santificante. Ao ser imagem de Deus, e Deus é Trindade, o somos enquanto somos amor, graça e comunhão nesse mundo. 
Em tempos de tantas trevas, com tantos horizontes desfocados, com tantas incertezas no caminho, com rancores e desrespeitos, podemos propor fundamentos sólidos, concretizados no amor que une que faz comungar da vida uns dos outros. A vida fraterna franciscana tem como fundamento essa dinâmica pericorética divina, nem sempre posta em ato por causa dos limites humanos, mas sempre possível de ser vivida. A comunhão com o mundo, mais do que serviço, é extravasamento da comunhão entre irmãos e com Deus.
Celebrar a Santíssima Trindade, é celebrar o amor vivencial, comunional, identitário. Se vivemos em tempos de distanciamento social, não vivemos tempos de falta de comunhão existencial.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Segunda-feira da 6ª Semana da Páscoa


18 de Maio de 2020
São João I, Papa e Mártir
Cor: Vermelho

1ª Leitura – At 16,11-15
O Senhor abriu o seu coração para que aceitasse as palavras de Paulo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 16,11-15
11Embarcamos em Trôade e navegamos diretamente para a ilha de Samotrácia. No dia seguinte, ancoramos em Neápolis, 12de onde passamos para Filipos, que é uma das principais cidades da Macedônia, e que tem direitos de colônia romana. Passamos alguns dias nessa cidade. 13No sábado, saímos além da porta da cidade para um lugar junto ao rio, onde nos parecia haver oração. Sentados, começamos a falar com as mulheres que estavam aí reunidas. 14Uma delas chamava-se Lídia; era comerciante de púrpura, da cidade de Tiatira. Lídia acreditava em Deus e escutava com atenção. O Senhor abriu o seu coração para que aceitasse as palavras de Paulo. 15Após ter sido batizada, assim como toda a sua família, ela convidou-nos: 'Se vós me considerais uma fiel do Senhor, permanecei em minha casa.' E forçou-nos a aceitar.
Palavra do Senhor.
Paulo e seu companheiro de missão identificam um grupo orante fora dos muros da cidade, fora também dos templos estabelecidos (judeus ou pagãos). Esse grupo orante é um grupo de mulheres com as quais eles iniciam diálogo sobre a fé no Senhor Jesus. Lídia e, provavelmente através dela, sua família abraçam a fé, introduzindo os apóstolos em sua casa. É interessante recordar que casa, nos Atos dos Apóstolos, é o lugar da comunidade. Isso faz pensar que Lídia, ao abraçar a fé em Jesus Cristo, tanto pela sua família como pela sua casa (comunidade) torna-se uma liderança na fé, uma anunciadora da boa nova, uma discípula missionária.
Sua fadiga não a impede de se tornar cristã plena e ativa. Por ser de Tiatira, cidade interiorana, seu produto, a púrpura, não é de primeira linha, pois, com toda certeza, era extraída de raízes, diferentemente da púrpura extraída de peixes (mais vermelha e mais cara).
É mulher que trabalha no comércio. É mulher que toma a palavra. É mulher que convence. É lutadora, liderança, perseverante.

Salmo – Sl 149, 1-2. 3-4. 5.6a.9b (R.4a)
R. O Senhor ama seu povo, de verdade.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

1Cantai ao Senhor Deus um canto novo, *
e o seu louvor na assembleia dos fiéis!
2Alegre-se Israel em Quem o fez, *
e Sião se rejubile no seu Rei! R.

3Com danças glorifiquem o seu nome, *
toquem harpa e tambor em sua honra!
4Porque, de fato, o Senhor ama seu povo *
e coroa com vitória os seus humildes. R.

5Exultem os fiéis por sua glória, *
e cantando se levantem de seus leitos,
6acom louvores do Senhor em sua boca *
9bEis a glória para todos os seus santos. R.
Amando o seu povo de verdade, o Senhor é glorificado pelo próprio povo que sente seu amor e, sentido, o expande.

Evangelho – Jo 15,26-16,4a
O Espírito da Verdade dará testemunho de mim.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. 27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora.
Palavra da Salvação.
Jesus consola seus discípulos, falando-lhes do Defensor, o Espírito que recordará tudo o que Jesus havia dito, e dará testemunho dele. Assim também os discípulos darão testemunho de Jesus e de seu ensinamento, porque, movidos pelo Espírito, são espírito livre que sopra e ninguém segura, mesmo julgando prestar culto a Deus ao impedir esse testemunho.

O Espírito, que testemunha Jesus Cristo, impele para a missão além das fronteiras. Paulo e seus companheiros, deixando a pregação para os judeus e iniciando a pregação para os pagãos, expandem as fronteiras do anúncio. Lídia é exemplo disso: uma mulher trabalhadora da Macedônia, reunida fora da organização religiosa de seu tempo, pois estava fora dos muros da cidade e à beira do rio com um grupo em oração, que acolhe a palavra dos missionários de Jesus, transformando-se ela mesma em missionária (evangeliza sua família e abre sua casa). Correrá riscos com isso? Sem dúvida, pois, mais adiante acolherá Paulo saído da prisão, o que lhe identifica com o perseguido. Tem medo? Não, já é o Espírito que a impulsiona; o Espírito anunciado e prometido por Jesus no Evangelho.
Eis a obra do Espírito que testemunha Jesus: impele os missionários para além de seus grupinhos constituídos, anunciando em novos ambientes a Palavra de Jesus, fazendo reconhecer que há fé fora dos espaços comuns; suscitando novos discípulos e novas discípulas, que se tornam missionários, com coragem de abrir suas casas aos perseguidos.


sábado, 18 de abril de 2020

Segunda-feira da 2ª Semana de Páscoa



Primeira Leitura (At 4,23-31)

Naqueles dias, 23logo que foram postos em liberdade, Pedro e João voltaram para junto dos irmãos e contaram tudo o que os sumos sacerdotes e os anciãos haviam dito. 24Ao ouvirem o relato, todos eles elevaram a voz a Deus, dizendo: “Senhor, tu criaste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe. 25Por meio do Espírito Santo, disseste através do teu servo Davi, nosso pai: ‘Por que se enfureceram as nações, e os povos imaginaram coisas vãs? 26Os reis da terra se insurgem e os príncipes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu Messias’. 27Foi assim que aconteceu nesta cidade: Herodes e Pôncio Pilatos uniram-se com os pagãos e os povos de Israel contra Jesus, teu santo servo, a quem ungiste, 28a fim de executarem tudo o que a tua mão e a tua vontade haviam predeterminado que sucedesse. 29Agora, Senhor, olha as ameaças que fazem e concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua palavra. 30Estende a mão para que se realizem curas, sinais e prodígios por meio do nome do teu santo servo Jesus”. 31Quando terminaram a oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos, então, ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus.
Palavra do Senhor.
Graças a Deus!


Salmo Responsorial (Sl 2)

— Felizes hão de ser todos aqueles que põem sua esperança no Senhor.

— Felizes hão de ser todos aqueles que põem sua esperança no Senhor.

— Por que os povos agitados se revoltam? Por que tramam as nações projetos vãos? Por que os reis de toda a terra se reúnem e conspiram os governos todos juntos contra o Deus onipotente e o seu Ungido? “Vamos quebrar suas correntes”, dizem eles, “e lançar longe de nós o seu domínio!”

— Ri-se deles o que mora lá nos céus; zomba deles o Senhor onipotente. Ele, então, em sua ira os ameaça, e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz: “Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei, e em Sião, meu monte santo, o consagrei!”

— O decreto do Senhor promulgarei, foi assim que me falou o Senhor Deus: “Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei! Podes pedir-me, e em resposta eu te darei por tua herança os povos todos e as nações, e há de ser a terra inteira o teu domínio. Com cetro férreo haverás de dominá-los, e quebrá-los como um vaso de argila!”


Evangelho (Jo 3,1-8)

1Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, 2que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: “Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele”. 3Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus”. 4Nicodemos disse: “Como é que alguém pode nascer, se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?” 5Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. 6Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito. 7Não te admires por eu haver dito: Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!

Reflexão
Há quem busca o Senhor, quem busca a verdade, com sinceridade de coração, mesmo que em meio à escuridão. Nicodemos busca Jesus à noite, buscando a luz. Jesus é a luz que brilha na escuridão da vida das pessoas, mas não é fácil entendê-lo. Há que se ter liberdade, há que se deixar configurar pelo e ao Espírito Santo. Enquanto se fica atrelado ao grupo em que se está, não é possível viver na luz.
Nicodemos é um exemplo para nós: enquanto não teve coragem de optar por Jesus, o que fez quando, com José de Arimateia, foi pedir o corpo do Senhor crucificado, para enterrá-lo, não conseguia entender o mínimo (“nascer do alto”). Era fariseu, seguia o modo de ser de fariseu, que significa “separado”, desprezando quem não era como o grupo. Jesus o convida a ser livre como o Espírito, mas isso só é possível se nascer de novo, do alto.
Frei Vicenzo Battaglia, OFM, nos chama a atenção para o itinerário da vida cristã, que começa com imitação, como a criança imita os adultos (corre-se o risco de se ficar na imitação, quase como marionete); em seguida vem o seguimento, no qual se busca saber os porquês, o fundamento e se adere a uma causa (corre-se o risco de viver por ideologia, mesmo a fé) e por fim vem a configuração, uma comunhão de vida tão profunda que se torna “um outro Cristo”, é a vida no Espírito.
Aqui se entende a primeira leitura de hoje: os discípulos rogam a Deus que as prisões não impeçam o anúncio do Evangelho, mas que envie o Espírito de fortaleza e de coragem; que o medo não seja barreira, mas oportunidade de viver na liberdade o Espírito.


segunda-feira, 13 de abril de 2020

Luz em meio às trevas

Maria Madalena vai ao túmulo de Jesus, no primeiro dia da semana, quando ainda estava escuro (Jo 20,1). O texto grego dia: "quando ainda havia trevas sobre a terra".
Ela está olhando para a escuridão, para o túmulo, para onde não tem luz.
Ao voltar-se, escutando a voz que lhe chama pelo nome, ela deixa de olhar para a escuridão e olha para a Luz, para seu Senhor, vivo, ressuscitado...
Nossa vida também se encontra em tempos de escuridão: discursos incertos, incoerentes, desencontrados, voltados para posicionamentos pessoais egoístas e egocêntricos. Parece que a Luz não é a nossa perspectiva, mas os ídolos da escuridão...
Alguém me dizia que estamos numa guerra, primeiro com um vírus, que, por enquanto, é controlado com água sabão, símbolos da simplicidade cotidiana, dentro de uma busca desenfreada por luxo e consumo; depois com as relações interpessoais, que num mundo de corre corre já se tinham reduzido ao superficial e estritamente necessário, mas que com o isolamento social (talvez confinamento) se faz real e a gritar por aprofundamento. Há também a manipulação da situação para proveito político, econômico e "heroísmo" ilusório, mas as máscaras vão caindo e as decepções aparecendo.
A Luz, que é o Senhor ressuscitado, traz, ao menos para minha humilde opinião, uma seta na direção do que seja ser verdadeiramente humano: perdão, recomeço, apostar nos que não se apostava...

sábado, 7 de março de 2020

2º Domingo da Quaresma


1ª Leitura - Gn 12,1-4a
Vocação de Abraão, pai do povo de Deus.
Leitura do Livro do Gênesis 12,1-4a
1Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: 'Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. 2Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. 3Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!'. 4E Abraão partiu, como o Senhor lhe havia dito.
Palavra do Senhor.
Deus faz um convite a Abrão, a viver a aventura da fé, deixar a comodidade e lançar-se ao desconhecido, na confiança de Deus. Como consequência: tornar-se bênção para todas as famílias da terra. Todas, não algumas. Abrão aceita.

Salmo - Sl 32,4-5.18-19.20 e 22 (R. Cf. 22)
R. Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
venha a vossa salvação!

4Pois reta é a palavra do Senhor,*
e tudo o que ele faz merece fé.
5Deus ama o direito e a justiça,*
transborda em toda a terra a sua graça. R.

18Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,*
e que confiam esperando em seu amor,
19para da morte libertar as suas vidas*
e alimentá-los quando é tempo de penúria. R.

20No Senhor nós esperamos confiantes,*
porque ele é nosso auxílio e proteção!
22Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,*
da mesma forma que em vós nós esperamos! R.


2ª Leitura - 2Tm 1,8b-10
Deus nos chama e ilumina.
Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 1,8b-10
Caríssimo: 8bSofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. 9Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça, que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. 10Esta graça foi revelada agora, pela manifestação de nosso Salvador, Jesus Cristo. Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do Evangelho,
Palavra do Senhor.
A vida que nos é dada em Jesus Cristo não é mérito mas graça, dom amoroso de Deus. Graça que se manifesta na salvação efetuada por Cristo. Salvação gratuita que faz brilhar a vida. O sofrimento suportado encontra nessa dinâmica sentido. O sofrimento que não está ligado à vida, mas é sinal de morte deve ser vencido, superado, transformado.

Evangelho - Mt 17,1-9
O seu rosto brilhou como o sol.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 1Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. 2E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. 3Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. 4Então Pedro tomou a palavra e disse: 'Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.' 5Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: 'Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!' 6Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra. 7Jesus se aproximou, tocou neles e disse: 'Levantai-vos, e não tenhais medo.' 8Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. 9Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: 'Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos.'
Palavra da Salvação.

Jesus leva seus discípulos à altura da montanha, à altura do lugar sagrado, à altura da presença de Deus. É na presença de Deus que eles fazem a experiência da plenitude (o brilho do sol e a brancura das vestes, no Apocalipse se dirá que os dignos alvejaram as vestes no sangue do Cordeiro), são recobertos pelo Espírito (a nuvem), enquanto reconhecem a plenitude da lei e dos profetas no Cristo, mesmo que, ao ouvirem a voz divina, caiam por terra com medo. Jesus os levanta, tocando-os, como fizeram com os doentes, retornando ao cotidiano. Mas, antes de anunciar o que viveram, devem compreender até o fim.

Deus nos provoca (chama) a deixar o próprio conforto para viver a aventura de novas relações, de nova forma de vida. Uma vida plenificada no Espírito pelos méritos do Filho. O caminho da Quaresma é o caminho propício para fazer a experiência desse convite divino.
O Tempo da Quaresma é o tempo de conversão, de vir para junto, de comungar da vida de Deus e dos outros. A escuta é o início da abertura do coração. O Pai convida, dentro da aventura de sair de nossa terra, de nossa convivência tranquila e cômoda, dentro da aventura de subir a montanha, a escutar o Filho Amado, que se faz reconhecer nos pequeninos, nos sedentos, nos famintos, nos presidiários, nos doentes, que clamam, gritam, por compaixão e cuidado. É na relação de cuidado que se pode fazer a experiência do envolvimento divino. Quem sobe essa montanha desce transformado e, meditando e compreendendo tal experiência, faz diferença no cotidiano da comunidade, da família, da sociedade e da criação.

Fontes:
https://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2020&mes=3&dia=8
https://www.vidapastoral.com.br/roteiros/2o-domingo-da-quaresma-8-de-marco/

6º Domingo da Páscoa

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