segunda-feira, 13 de abril de 2020

Luz em meio às trevas

Maria Madalena vai ao túmulo de Jesus, no primeiro dia da semana, quando ainda estava escuro (Jo 20,1). O texto grego dia: "quando ainda havia trevas sobre a terra".
Ela está olhando para a escuridão, para o túmulo, para onde não tem luz.
Ao voltar-se, escutando a voz que lhe chama pelo nome, ela deixa de olhar para a escuridão e olha para a Luz, para seu Senhor, vivo, ressuscitado...
Nossa vida também se encontra em tempos de escuridão: discursos incertos, incoerentes, desencontrados, voltados para posicionamentos pessoais egoístas e egocêntricos. Parece que a Luz não é a nossa perspectiva, mas os ídolos da escuridão...
Alguém me dizia que estamos numa guerra, primeiro com um vírus, que, por enquanto, é controlado com água sabão, símbolos da simplicidade cotidiana, dentro de uma busca desenfreada por luxo e consumo; depois com as relações interpessoais, que num mundo de corre corre já se tinham reduzido ao superficial e estritamente necessário, mas que com o isolamento social (talvez confinamento) se faz real e a gritar por aprofundamento. Há também a manipulação da situação para proveito político, econômico e "heroísmo" ilusório, mas as máscaras vão caindo e as decepções aparecendo.
A Luz, que é o Senhor ressuscitado, traz, ao menos para minha humilde opinião, uma seta na direção do que seja ser verdadeiramente humano: perdão, recomeço, apostar nos que não se apostava...

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